terça-feira, 15 de abril de 2008

Povo desesperado

O presente que ontem seria futuro,
hoje não passa de um levitado
sonho adormecido e prematuro
pelo teu cálice transbordado,
desse sangue que por ti fora derramado.

Homens colhendo seus frutos
de lindas terras vistosas,
mas temperadas pelos falsos profetas
que semeiam sementes venenosas.

Povo enxovalhado ao abandono,
incrédulos ao seu destino,
pedem-lhe o suporte da sua mão,
chorando numa silenciosa oração.

Tempestades efémeras colhidas
em campos abafados pela imensidão
das fortunas pecaminosas e vendidas
que aos incrédulos, lhes concedeu a escuridão.

Povo desesperado,
e caido em tentação
ao inimigo ofereceu a sua luz,
mas a Deus, lhe pediu o seu perdão.

Ricardo Barnabé

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