Visto-me nas sombras das escrituras,
mascarando-me na minha poesia
escrita por essa desalmada tinta
que pestanejou toda a minha vida.
Caminhei embriagado pela rua,
preso aos meus versos saquiados
de tremenda sede de leitura
da minha poesia distante e já nua
de toda a minha límpida bravura.
São metáforas de um antónimo,
límpido suspiro de um abrigo
sem fronteiras a naufragar
quaisquer versos por mim a atracar.
Deles eu me disfarço,
esperando que na minha memória
qualquer palavra venha a embarcar.
Ricardo Barnabé
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