segunda-feira, 26 de abril de 2010

Respiramos o ar das nossas impurezas,
esvoaçadas numa tempestade de incertezas,
feitas em dias irrequietos embalados por uma poeira,
que se levanta a nossos pés.


Espelhamos-nos em estilhaços
quebrados pela nossa ilusão
porque lá fora ninguém nos vê
no espaço que resta em nosso coração


Embrulhamos-nos num laço
amarrado ao nó de um abraço
e devotas-me no silêncio
da minha dor memorada ao teu rosto


E então acorrentas-te nos meus braços
porque o mundo solta-se de nós


Envolves-me numa réstia de luz (esperança)
que ignora o teu caminho estreito
transformando-o numa noite profunda
que em ti denuncia a minha partida.


E então perdes-te no mundo
porque o mundo perde-se em nós.


É mais que pecado não ter
é mais que pecado se perder..


Ricardo Barnabé

1 comentário:

Unknown disse...

Adorei o poema.
Olha apesar de a foto que tenho no perfil não ser maldosa, acabaram por dizer que não estou lá devido à foto.
Por isso se não te responder às mensagens não te admires censuram tudo e todos.
boa semana