sexta-feira, 2 de maio de 2008

São rastilhos que acendes

São rastilhos que acendes
é um fogo imundo que nasce
numa chama que te queima
e um anjo que nos céus te condena.

Palavras confusas que se brotam
letras perdidas que te esquecem
meu perdão procuras e não se rendeu
pelo meu Adeus que jamais te esqueceu!

Vida exovalhada nessa miseria
que em ti morre amargurada
faces deterioradas e efemoras
são o teu rosto faminto
do meu corpo ausentado do teu!

Mar compelido no vazio
do teu cruel mal amado olhar
que vagueiam na pobreza
mendigada na riqueza.

São noites, noites sem amanhecer
que marcam o teu pestanejar
caminho do fim que te viu vencer.


Ricardo Barnabé

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